Protetor solar de corpo, rosto e lábio

por redacao | 6 de janeiro de 2020 |

Precisa mesmo de tipos diferentes?

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O período de sol e praia acende um alerta importante para a saúde: proteção solar. Ao procurar o produto ideal, nos deparamos com diversas opções: protetores para rosto, corpo e lábio.

 Afinal, qual a diferença entre eles? Precisamos mesmo de um produto para cada parte do corpo? 

A resposta é sim, esse é o ideal, segundo dermatologistas entrevistadas pelo VivaBem. Isso porque cada um deles tem uma propriedade cosmética e um veículo (onde o protetor fica diluído) específicos para cada parte do corpo. Mas não há contraindicação de usar um de corpo no rosto, por exemplo, já que todos têm a mesma função: proteger do sol.

Para entender melhor, basta imaginar o protetor labial, que possui o formato de bastão e adere facilmente à semimucosa do lábio. Geralmente, esse produto tem o FPS (Filtro de Proteção Solar) de 15 a 30 e vaselina em sua composição —o que dificulta a remoção com água ou saliva. “Se usarmos o creme de corpo, por exemplo, não vai fixar. Portanto, não vai funcionar da forma que a gente espera —e não podemos esquecer de proteger essa área”, explica Tatiana Gabbi, dermatologista da SBD (Sociedade Brasileira de Dermatologia). O rosto é considerado um dos locais mais sensíveis do corpo por conta da exposição frequente da pele ao sol. Por isso, é muito importante usar o protetor solar na face. Zilda Najjar, dermatologista, professora e doutora pela USP (Universidade de São Paulo), conta que os produtos para essa região apresentam veículos melhores e mais elaborados, pois oferecem opções para peles oleosas, secas e mistas. Segundo a especialista, não tem contraindicação em passar o protetor de corpo no rosto, por exemplo. “O problema é só que o protetor de corpo é oleoso e, com isso, a pessoa pode ficar com a pele mais oleosa e apresentar espinhas”, explica. “Por isso, o ideal é ter três protetores para cada parte, mas se não dá para comprar, passe um em todas as regiões. O importante é proteger do sol”, diz.

Para o corpo no geral, os produtos são os mais comuns e facilmente encontrados em lojas. Qual a proteção ideal? Quanto mais clara é a pele da pessoa, maior a proteção que ela vai precisar. De uma forma geral, o FPS necessário é de 15 a 30. Acima disso, é mais indicado para pessoas que possuem alguma doença ou problema de pele, como melasma (manchas escuras no rosto) e lúpus (doença inflamatória autoimune). “Se for um banhista que aplica o protetor a cada duas horas de exposição ao sol, não tem necessidade de ser uma proteção tão alta. Mas é sempre bom ter esse cuidado de repassar o produto ao longo dia, principalmente se entrar na piscina ou no mar”, explica a dermatologista Carolina Contin.

Vale lembrar também que é recomendada a aplicação do filtro 15 minutos antes de se expor ao sol sempre focando nas partes mais sensíveis do corpo: rosto; colo do peito; parte superior das costas; couro cabeludo para carecas e pessoas com cabelos claros e orelhas. A frequência é a mesma para todas as partes: duas horas no máximo e/ou toda vez que entrar na água.